A Guarda Nacional Republicana (GNR), entre os dias 1 de outubro e 16 de novembro de 2025, desenvolveu em todo o território nacional a Operação “Censos Sénior 2025”, no âmbito do policiamento comunitário, com o objetivo de reforçar a proximidade com a população mais idosa, promover comportamentos de autoproteção e contribuir para o reforço do sentimento de segurança. Trata-se de um ótimo serviço prestado às populações rurais cuja ausência de filhos e demais familiares – porque muitas vezes residem e trabalham no estrangeiro ou nas grandes cidades onde há empregos – são assim de alguma abandonados à sua sorte nestas zonas do interior já de si imensamente despovoadas e com maior falta de empregos para os seus habitantes. É importante ter estes números em conta nas políticas de saúde e de segurança para a terceira idade designadamente nos distritos e regiões do interior.
Segundo a agência noticiosa Lusa (2025/11/18) a Guarda Nacional Republicana (GNR), levou a cabo entre os dias 1 de outubro e 16 de novembro de 2025, em todo o território nacional, a Operação “Censos Sénior 2025”, no âmbito do policiamento comunitário. Esta operação tem como objetivo reforçar a proximidade com a população mais idosa, promover comportamentos de autoproteção e contribuir para o reforço do sentimento de segurança. Durante esta operação, os elementos da Guarda Nacional Republicana encetaram diversas ações especialmente orientadas para o contacto direto com pessoas idosas em situação de maior vulnerabilidade, no sentido de sensibilizarem e alertarem este público-alvo para a adoção de comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla e furto. Nesta edição de 2025 da Operação “Censos Sénior”, a GNR realizou um conjunto de ações em sala e de ações porta-a-porta, abrangendo um total de 35.143 idosos. Desde 2011, quando se realizou a primeira edição da Operação “Censos Sénior”, que este corpo policial que atua nas zonas rurais do País, tem vindo a atualizar a sinalização geográfica, proporcionando assim um apoio mais próximo à nossa população idosa, o que certamente contribui, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do seu sentimento de segurança.
Neste ano de 2025 a GNR sinalizou, no país (em Portugal inteiro), em 2025, cerca de 43.074 idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, motivada por razões da sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar em causa a sua segurança.
Trata-se de um ótimo serviço prestado às populações rurais cuja ausência no local de residência de familiares próximos – filhos e/ou demais familiares – porque muitas vezes residem e trabalham no estrangeiro ou nas grandes cidades onde há empregos. Esta situação motiva frequentemente o abandono dos seus familiares mais idosos à sua sorte nestas zonas do interior, já de si imensamente despovoadas, sujeitos a todo o tipo de acasos, alguns com desfechos trágicos (mortes), outros vítimas de maus tratos físicos e mentais, e outros de roubos das mais variadas formas e tipos. Um caso deste último tipo foi noticiado pelas redes sociais no dia 28/novembro corrente, em que uma senhora com problemas graves de saúde foi abordada por alguém que lhe prometeu uma cura milagrosa, tendo-lhe sido retirada, subtraída ou roubada para ser mais facilmente entendido, por toda a gente, uma vultosa quantia em dinheiro que as redes sociais não especificaram, como contrapartida da cura milagrosa,
A GNR promete, e bem, continuar a acompanhar os idosos sinalizados, através de visitas regulares às suas residências, no sentido de realizar mais ações de sensibilização, fazer a avaliação da sua segurança e prevenindo-os contra roubos, agressões e outro tipo de violências, colaborando com as demais entidades locais, procurando deste modo para uma melhor qualidade de vida da população idosa, em especial dos mais vulneráveis.
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Distrito
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Idosos sinalizados
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ordenação
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Idosos sinalizados
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Idosos sinalizados
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ordenação
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Aveiro
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1 438
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11º
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continuação
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…
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…
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Beja
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2 749
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7º
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Lisboa
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1 054
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15º
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Braga
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1 052
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16º
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Portalegre
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2 621
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6º
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Bragança
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4 191
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3º
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Porto
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854
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18º
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Castelo Branco
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2 316
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9º
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Santarém
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2 033
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10º
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Coimbra
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1 196
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14º
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Setúbal
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1 324
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12º
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Évora
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2 381
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8º
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Viana do Castelo
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1 208
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13º
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Faro
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3 414
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4º
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Vila Real
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5 167
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2º
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Guarda
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5 852
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1º
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Viseu
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3 304
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5º
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Leiria
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920
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17º
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TOTAL
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43 074,00
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Do quadro que se deixa acima se pode ver que dos distritos onde foram sinalizadas mais pessoas idosas a viver em solidão são sobretudo os do interior. De facto, é aí que há mais falta de emprego o que leva a que os familiares mais próximos dos idosos se ausentem em busca dele e do seu sustento para o litoral e o estrangeiro, regiões em que as dinâmicas empresarial e de emprego são muito maiores. Assim, o quadro revela, sem surpresa, que em 1º lugar temos o distrito da Guarda em 1º lugar com 5852 idosos, seguido em 2º o de Vila Real com 5167, o de Bragança em 3º com 4191, o de Faro em 4º com 3414, o de Viseu em 5º com 3304, o de Portalegre em 6º com 2621, de Beja em 7º com 2749, de Évora em 8º com 2381, de C. Branco em 9º com 2316 e de Santarém em 10º com 2033. Como se pode ver os 10 distritos com mais idosos sinalizados são praticamente todos do interior (com exceção Faro). A seguir vêm os do litoral como Aveiro em 11º com 1439, Setúbal em 12º com 1324, V. do Castelo em 13º com 1208, Coimbra em 14º com 1196, Lisboa em 15º com 1054, Braga em 16º com 1052, Leiria em 17º com 920 e Porto em 18º em último com 854.
De referir, para concluir, que a maior parte dos distritos que têm maior número de idosos sinalizados são também dos que têm menos habitantes e simultaneamente maior proporção de pessoas de 3º idade, o que torna o problema ainda mais grave.